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Confiança empresarial sobe em março para 94,7 pontos, diz FGV

A confiança dos serviços subiu 1,6 ponto, para 95,8 pontos; a do comércio aumentou 0,9 ponto, para 90,4 pontos; a da indústria recuou 0,9 ponto, para 96,5 pontos; e a da construção encolheu 1,0 ponto, para 96,6 pontos

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,6 ponto em março ante fevereiro, para 94,7 pontos, informou nesta terça-feira, 2/4, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado retoma a trajetória de alta interrompida no mês anterior, após a queda de fevereiro ter sucedido uma sequência de oito meses de avanços.

Em médias móveis trimestrais, o ICE permaneceu estável em março. "A confiança empresarial encerra o primeiro trimestre de 2024 em alta. O resultado positivo do mês foi totalmente influenciado pela melhora das expectativas, e apenas compensaram parte da queda observada no mês passado. O destaque setorial dos primeiros três meses do ano, apesar da queda em março, continua sendo a indústria, enquanto o setor de serviços dá sinais de desaceleração", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Ele ainda destacou que a evolução dos indicadores de expectativas e a continuidade do cenário macroeconômico mais favorável permitem imaginar uma aproximação da confiança empresarial ao nível neutro de 100 pontos nos próximos meses.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) diminuiu 0,2 ponto em março ante fevereiro, para 95,3 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-E) cresceu 1,4 ponto, para 94,1 pontos. Entre as expectativas, a melhora foi puxada pela percepção sobre a demanda prevista nos três meses seguintes, em especial na Indústria e nos Serviços, com alta de 2,6 pontos, para 94,2 pontos.

O componente que mede o otimismo com o ambiente de negócios seis meses à frente aumentou 0,1 ponto, para 94,0 pontos. Na direção oposta, o item que mede o ímpeto de contratações caiu 1,9 ponto, mas permanece em nível acima dos demais, em 95,5 pontos.

Quanto ao momento presente, houve leve queda tanto no componente de Demanda atual quanto no de Situação atual dos negócios.

Na passagem de fevereiro para março, a confiança dos serviços subiu 1,6 ponto, para 95,8 pontos; a do comércio aumentou 0,9 ponto, para 90,4 pontos; a da indústria recuou 0,9 ponto, em 96,5 pontos; e a da construção encolheu 1,0 ponto, para 96,6 pontos.

Em março, a confiança avançou em 51% dos 49 segmentos integrantes do ICE. "Houve um notável aumento da difusão de alta no setor de Serviços e uma queda no de Construção", acrescentou a FGV.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.790 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de março.

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