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De olho na Selic, bancos mudam fundos de investimento
Forçados pela queda na taxa básica de juro, os bancos brasileiros já começam a mexer nos fundos de investimento, para não perderem clientes.
Flávia Furlan Nunes
Forçados pela queda na taxa básica de juro, os bancos brasileiros já começam a mexer nos fundos de investimento, para não perderem clientes.
O Banco do Brasil deve anunciar nos próximos dias a queda na taxa de administração cobrada das aplicações. Dentre os privados, o HSBC e o Bradesco partiram para outra frente de ação e diminuíram a aplicação inicial permitida para investir em fundos.
Forçados a reduzir
Até janeiro deste ano, os fundos de renda fixa no Brasil se mostravam bastante atrativos, frente a uma Selic a 12,75% ao ano. Porém, com a queda da taxa, que já está em 9,25% ao ano, os investidores passaram a buscar outras fontes para fazer o dinheiro "crescer", principalmente a poupança.
Foi nesta etapa que o governo interferiu na situação, considerando uma tributação para a poupança a partir do próximo ano, se a Selic se mantiver em um patamar abaixo de 10,5% ao ano. A proposta do governo deve ser aprovada ainda pelo Congresso.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia dito que a queda da Selic pressiona os fundos de investimento a derrubar a taxa de administração cobrada dos aplicadores. "A melhor forma de pressionar o fundo de investimento é a queda da Selic, que reduz a rentabilidade do investimento e a aproxima da poupança", disse. "Só com isso, então, os administradores do fundo vão reduzir essa taxa, senão vão perder esses clientes para a poupança", acrescentou.
O planejador financeiro Raphael Cordeiro afirmou que isso dá maior poder de negociação ao investidor. "Nesse momento, nada mais importante do que avaliar os custos. Porque, antes, pagar uma taxa de administração de 2% com uma Selic em 14% não representava tanto assim. Agora, começa a pesar muito. Então, esse é o momento para, na renda fixa, avaliar muito os custos", afirmou.
Medidas
De acordo com o HSBC, desde o começo do ano, o banco vem reduzindo o valor mínimo de aplicação inicial de fundos de investimento, entre DI, renda fixa e multimercados, que totalizam 12 fundos.
Em abril, porém, foram reduzidos os aportes iniciais dos fundos Renda Fixa Pré Max, de R$ 50 mil para R$ 15 mil, do Renda Fixa Performance Premier, de R$ 50 mil para R$ 15 mil, e do Multimercado Aquamarine, de R$ 25 mil para R$ 15 mil.
Já o Bradesco anunciou a queda no valor mínimo de aplicação em mais de 30 fundos de investimento, entre DI, renda fixa, multimercados e ações. Os valores para as aplicações adicionais também foram reduzidos.
O FIC Curto Prazo, por exemplo, passou de uma aplicação inicial de R$ 5 mil para R$ 500, mesma mudança realizada no FIA Ibovespa Ativo. Já o Referenciado DI Platinum passou de R$ 200 mil para R$ 80 mil.
O Banco do Brasil deve anunciar nos próximos dias a queda na taxa de administração cobrada das aplicações. Dentre os privados, o HSBC e o Bradesco partiram para outra frente de ação e diminuíram a aplicação inicial permitida para investir em fundos.
Forçados a reduzir
Até janeiro deste ano, os fundos de renda fixa no Brasil se mostravam bastante atrativos, frente a uma Selic a 12,75% ao ano. Porém, com a queda da taxa, que já está em 9,25% ao ano, os investidores passaram a buscar outras fontes para fazer o dinheiro "crescer", principalmente a poupança.
Foi nesta etapa que o governo interferiu na situação, considerando uma tributação para a poupança a partir do próximo ano, se a Selic se mantiver em um patamar abaixo de 10,5% ao ano. A proposta do governo deve ser aprovada ainda pelo Congresso.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia dito que a queda da Selic pressiona os fundos de investimento a derrubar a taxa de administração cobrada dos aplicadores. "A melhor forma de pressionar o fundo de investimento é a queda da Selic, que reduz a rentabilidade do investimento e a aproxima da poupança", disse. "Só com isso, então, os administradores do fundo vão reduzir essa taxa, senão vão perder esses clientes para a poupança", acrescentou.
O planejador financeiro Raphael Cordeiro afirmou que isso dá maior poder de negociação ao investidor. "Nesse momento, nada mais importante do que avaliar os custos. Porque, antes, pagar uma taxa de administração de 2% com uma Selic em 14% não representava tanto assim. Agora, começa a pesar muito. Então, esse é o momento para, na renda fixa, avaliar muito os custos", afirmou.
Medidas
De acordo com o HSBC, desde o começo do ano, o banco vem reduzindo o valor mínimo de aplicação inicial de fundos de investimento, entre DI, renda fixa e multimercados, que totalizam 12 fundos.
Em abril, porém, foram reduzidos os aportes iniciais dos fundos Renda Fixa Pré Max, de R$ 50 mil para R$ 15 mil, do Renda Fixa Performance Premier, de R$ 50 mil para R$ 15 mil, e do Multimercado Aquamarine, de R$ 25 mil para R$ 15 mil.
Já o Bradesco anunciou a queda no valor mínimo de aplicação em mais de 30 fundos de investimento, entre DI, renda fixa, multimercados e ações. Os valores para as aplicações adicionais também foram reduzidos.
O FIC Curto Prazo, por exemplo, passou de uma aplicação inicial de R$ 5 mil para R$ 500, mesma mudança realizada no FIA Ibovespa Ativo. Já o Referenciado DI Platinum passou de R$ 200 mil para R$ 80 mil.
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