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Crédito pode crescer mais do que o esperado

A melhora do cenário econômico já começa a precipitar uma volta da concorrência no mercado bancário, com redução de taxas e alongamento dos prazos.

Fernando Travaglini

A melhora do cenário econômico já começa a precipitar uma volta da concorrência no mercado bancário, com redução de taxas e alongamento dos prazos. Se a retomada de fato for consistente, o crescimento do crédito poderia até mesmo superar a atual previsão dos bancos para este ano, que está na casa dos 15%, disse Rubens Sardenberg, economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo ele, os juros devem manter a trajetória de queda, o que ajuda uma retomada mais forte dos empréstimos. Além disso, há uma melhora na perspectiva do risco. "A combinação desses dois fatores pode levar a uma retomada do crédito, não nos patamares anteriores à crise, mas com crescimento", disse.

A constatação foi feita durante seminário realizado pelo Grupo Santander Brasil e pelo Insper (antigo Ibmec-SP) para divulgação do Índice de Confiança dos Empresários de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), referente ao terceiro trimestre.

O indicador apontou melhora nas expectativas do empresariado para os próximos três meses, que chegou a 64,3 pontos (sendo 100 o valor mais alto), 12,4% maior que a pesquisa anterior. "O índice sinaliza recuperação, mas ainda não foi retomado patamar anterior à crise", afirma Danny Claro, professor do Insper.

De acordo com Ede Viani, diretor de pequenas e médias empresas do Santander, já é possível verificar uma melhora no cenário, mas a velocidade de crescimento da carteira ainda é metade da registrada no ano passado.

Segundo ele, mesmo com a expansão dos últimos anos, os empréstimos para esse segmento precisam avançar mais, já que estimativas do banco apontam que o saldo de crédito para as pequenas e médias no sistema financeiro seja de R$ 100 bilhões, cerca de um quarto do total direcionado às pessoas jurídicas. "Nos próximos dois a três anos, pretendemos dobrar nossa participação, que hoje é de 500 mil clientes. A crise não alterou nossos planos."

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