Apesar dos efeitos da crise financeira internacional, o setor de cartões deve continuar crescendo em 2009. A afirmação é da corretora Link Investimentos, que atribui a expansão ao maior volume financeiro transacionado, devido à substituição do uso do cheque e do papel-moeda e ao aumento da quantidade de transações processadas.
Ainda segundo a corretora, os plásticos que mais vão crescer são os híbridos, por conta das parcerias de lojas com bancos e bandeiras internacionais. Em 2008, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de plásticos com bandeiras e a previsão de crescimento para este ano é de 25,8%.
O crescimento dos cartões híbridos pode ser explicado pelo fato destes serem mais vantajosos aos emissores, já que tem taxas de anuidade e podem ser usados em toda rede credenciada da bandeira, gerando maior volume transacionado por cartão.
Outros cartões
No que diz respeito aos outros tipos de cartões, como os de crédito tradicionais, o crescimento esperado é de 15,7%, abaixo da média dos últimos anos, de 20%. Já os cartões de loja, também conhecidos como private label, devem ter a menor expansão do setor, em torno de 13%.
Embora as perspectivas para o setor sejam positivas, a queda no ritmo da atividade econômica, bem como algumas propostas, que visam regulamentar o segmento, podem causar algum impacto no setor em 2009.
Entre os projetos de lei, alguns merecem destaque, como o que prevê a possibilidade de preços diferentes para pagamentos com cartões, que pode desestimular o uso do plástico, o que busca classificar as empresas do setor como instituições financeiras, aumentando assim a alíquota do IR (Imposto de Renda), e o que trata do compartilhamento de equipamentos e tecnologia entre as credenciadoras, o que pode diminuir a receita proveniente do aluguel das máquinas.
